(Reparem no slogan: "um preservativo que utiliza a tecnologia a favor dos casais que querem ousar". Pois bem, ousaram mesmo...)
Aos que ainda prestigiam este blog, peço desculpas pela falta de publicações. Não sei se coincide com as festas de final de ano, Natal, quando o "saco está mais cheio", ou se escrever minhas pancadas perderam o encanto.
Mas eis que me inspiro para escrever sobre a tragicômica notícia acima sobre um recall de camisinhas. Como o próprio nome científico diz, o P-R-E-S-E-R-V-A-T-I-V-O tem a simples função de preservar a saúde de seus usuários, e garantir com 99,99% de eficiência que outro ser humano não venha ao mundo daqui a aproximadamente 9 meses.
Pois bem: eis que a Blowtex divulga o recall de 80.000 P-R-E-S-E-R-V-A-T-I-V-O-S com resistência afetada. Ou seja, 80.000 protetores que deveriam cumprir a função básica de zelar pela saúde dos praticantes de sexo, e que falharam.
Agora pergunto: alguém em sã consciência, com vida sexual ativa, guarda as embalagens ou caixas de preservativos usados, para qualquer controle? Do tipo: Preserv Last Longer 20/11/2011, lote ZYB, usei 2 unidades naquela pós-balada com a Maria às 21:04.
Por maior que seja o T.O.C. do indivíduo, acho que o único teste pós-uso de uma camisinha deve ser: cheio/vazio/fu...eu, estourou. Mas e no caso desses 80.000 agasalhos-de-croquete defeituosos, e se rolou algum microvazamento, ou qualquer tipo de dano? Trata-se de uma verdadeira "roleta russa" (ou no caso, uma roleteira russa).
Recall de Toddynho com soda cáustica, recall de fabricante de paraquedas, recall de anticoncepcional, recall de camisinha. Como todo bem de consumo industrializado de larga escala, estão sujeitos a defeitos, mas que esses não sejam de risco de morte, doença ou concepção humana indesejada.