(Sou um mafioso impiedoso, mas adoro meu gatinho...)
Ao assistir mais um filme típico americano, com um "vilão-russo-que-deseja-conquistar-o-mundo" mas é impedido pelo patriota ex-soldado americano, pensei: como será que um verdadeiro vilão assiste um filme onde ele e seu exército de capangas sem pontaria são dominados por um único bom-moço?
Tropa de Elite 2 foi visto por mais de 11 milhões de pessoas nos cinemas, e imagino que os "donos das bocas" no RJ tenham assistido às cópias piratas em seus barracos-mansões. Penso se o "Zé do Fumo" ou o "Paulinho do pó" ficaram felizes ao verem os Caveiras "esculachando"nos morros (devem ter vibrado quando o Caveira foi morto na trairagem).
Outro fato curioso é aquele discurso maquiavélico que todo vilão faz ao capturar o herói, contando como conquistará o mundo, o lugar para onde ele vai fugir e como matará o herói numa engenhosa tortura que envolve cordas, serras, jacarés & piranhas (de onde sempre o bom-moço consegue escapar, e salvar o mundo).
Ou ainda o caso da imagem acima do patriarca Corleone, que discute a vida e morte de traidores enquanto cuida tranquilamente do seu gato de estimação. Deve ser hilário para um verdadeiro Godfather ver uma cena dessas.
Resolvi escrever então um roteiro onde o vilão é vilão meeesmo (sem discursos sobre o plano de conquista do mundo, sem esquemas de tortura estilo "Coyote-Coió-persegue-o-Papa-Léguas"), com o Mal prevalecendo sobre o Bem pelo menos uma vez. E com o roteiro pronto, enviarei para o Quentin Tarantino dar seus toques sádicos. Parece bom, não?
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