20 de out. de 2011

Fatos de uma vida em condomínio

(Legal, deveria ter comprado um carro com teto solar)

No começo desta semana ao chegar em casa, avistei 2 viaturas da PM na porta do meu prédio. Logo pensei nas desgraças do programa do Datena: "Briga de casal acaba em suicídio" ou "Quadrilha fortemente armada faz arrastão em prédio".

Cumprimentei os Policiais, o porteiro liberou minha entrada e o procurei para saber o que se passava. Nada de grave, somente um chamado para o 190 de uma vizinha reclamando da outra. O motivo da reclamação: "gemidos altos demais no ato conjugal incomodavam a vizinha, que chamou a PM". 

Tanto bandido na rua, tráfico rolando e 4 PMs na porta do prédio para apaziguar um caso de "sexo selvagem". (como todo bom porteiro falastrão, soube que tratava-se de inveja da vizinha reclamante, que passa por "excesso de falta", capisce?).

Numa reunião de condomínio, mais fatos bizarros: o síndico pediu gentilmente que os moradores evitassem jogar objetos pela janela, pois bitucas de cigarro queimaram a cobertura da portaria, o que gerou uma goteira para quem espera a porta abrir, e mais constrangido pediu encarecidamente que "o(a) morador(a) que joga camisinhas usadas pela janela, pense no coletivo, e pare com isso" (bizarro).

Outro caso clássico de prédios mal projetados é a questão das vagas nas garagens. As construtoras, na ganância de faturar o máximo por metro quadrado, desenham vagas como se fosse o jogo Tetris, onde os moradores devem literalmente encaixar seus carros, muitas vezes sem ter como sair deles.

Quaisquer desculpas do tipo "tem gente que sempre morou em casa, e não se adaptou", ou "isso é coisa de locador, proprietário não faz isso", não convence e nem justifica a falta de noção das pessoas. Num bairro onde o metro quadrado custa por volta de R$ 8.000 o nível sócio-cultural das pessoas deveria ser compatível com o custo de vida, estou errado?

Como diz o ditado: "Você pode tirar uma pessoa da pobreza, mas não pode tirar a pobreza da pessoa" (pobreza de espírito, de civilidade). 

Um comentário:

  1. Sou contra a censura, mas tive que barrar um comentário anônimo que dizia gostar de jogar coisas pela "janela das muchachas".

    Sr. Anônimo, se quiser comentar de novo e se identificar, o comentário vai para o ar!

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