5 de set. de 2011

Quanto vale um hobby?

                                                               (Meu hobby "Priceless")


Num domingo desses estava a passear com meu "Tubarão Branco" (para quem não sabe, trata-se do meu Maverick 1974 que comprei há dois anos), e num semáforo um Sr. em sua BMW me perguntou: "Bonito carro, quer quanto por ele?". Ao invés da minha resposta padrão (e mais polida) "Ah, este não vendo", respondi: "Mais do que o Sr. pode pagar". O Sr. da BMW, que deveria ter seus 60 e poucos anos, fechou a cara e a janela.

Não foi a resposta mais gentil, mas pensei: este é meu hobby, minha válvula de escape, minha diversão. Quanto vale tudo isso? Dá pra colocar uma etiqueta de preço, achar um interessado, vender e com o dinheiro, partir para outra? Sim. Mas para quem esperou 15 anos para comprar o primeiro Maverick, seria como abdicar de uma grande conquista, para quê?

Tem gente que me diz: "Ah, esse carro é um monte de ferro, plástico e borracha." Mas e as divertidas viagens que fiz com ele, os "rolês" de domingo, as horas que investi e me diverti para achar um vazamento, trocar um fio velho, os casamentos nos quais ele me levou (acredite se quiser, já fui com ele a 5 casamentos, e até levei um amigo até a porta da N.Sra. do Brasil). Alegrias intangíveis de um hobby, assim como o colecionador de cervejas tem suas memórias para cada cerveja, ou a jardineira tem suas lembranças e satisfações pelo seu jardim "perfeito-ao-seu-modo".

Se você tem um hobby, qualquer que seja, e alguém perguntar "quanto você gasta nisso", responda: "Menos do que eu merecia". Afinal, a satisfação e alegria que um hobby dá deve ser seu, e ponto.

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