8 de set. de 2011

Quebra-cabeças de 25 ou 2.500 peças?


Em tempos de relações mais virtuais que reais, com as tecnologias de SMS, facebook, Whatsapp, MMS, MSN, BBM, e outras tantas siglas, está cada vez mais fácil conhecer pessoas "2 horas", e cada vez mais difícil de conhecer pessoas "10 anos".

As pessoas "2 horas" são aquelas que nos cativam nos primeiros 15 minutos de papo, aos 45 minutos começam a parecer normais, aos 90 minutos a falta de assunto predomina, e por fim aos 120 minutos (ou 2 horas) já não fazemos questão de um novo encontro.

Já as pessoas especiais "10 anos" podem ser pessoas próximas, com quem convivemos quase que diariamente, ou aquelas de quem nos distenciamos por meses, anos, mas que em todo reencontro parece que só passaram horas. As conversas fluem, sobre diversos assuntos, e geralmente não se fala das vidas de outras pessoas, mas de assuntos que realmente interessam. E em cada despedida, fica aquela expectativa pelo próximo encontro.

Como em um quebra-cabeças de 25 peças, ao montar 5 ou 10 peças conseguimos visualizar o todo, e assim são as pessoas "2 horas". Não temos aquela expectativa de conhecer e descobrir o próximo detalhe, aquele pouco já basta e não cativa.

E as pessoas "10 anos" nos empolgam e nos motivam a sempre buscarmos aquela peça nova, cada descoberta nos faz querer buscar a próxima. Mesmo com todos os anos de convívio e relacionamento, nos dá vontade de conhecer um detalhe a mais, e fazer dos 10 anos 15, 20, 30...

A impressão de pessoas "2 horas" ou "10 anos" vale para quem conhecemos, e para quem nos conhece. Tenho trabalhado para ser cada vez mais "10 anos", e não desisto de conhecer pessoas "10 anos". E você, tem conhecido (e sido) mais quebra-cabeças de 25 ou 2.500 peças?

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