30 de out. de 2011

Subdesenvolvido até nos Esportes: Jogos Panamericanos

(Quadro final de medalhas dos Jogos Panamericanos, Brasil em terceiro bem longe)

A mídia, principalmente a Rede Record (emissora que transmitiu o Pan) ovacionou a performance do Brasil como se fosse um grande feito. Pode até ser interpretado como um excelente resultado, se a base de comparação é baixa, aquém do medíocre.

Explico minha crítica: com base no indicador "medalhas de Ouro", os EUA ganharam 92 medalhas em 24 modalidades diferentes, enquanto o Brasil concentrou em apenas 15 modalidades. A hegemonia Norte-Americana demonstra que eles não dependem somente dos esportes com maior tradição (no caso do Brasil do futebol, o time deveria levar Ouro, certo? Deu vexame.) e endossa o foco em multi-modalidades.

Mas já que a briga direta que noticiavam era com Cuba, vamos a um comparativo: 

- População de Cuba: 11 milhões de pessoas
- População do Brasil: 191 milhões de pessoas
- Relação - habitantes por medalha de ouro: Cuba - 189,65 ; Brasil - 4.062.500 (absurdo). Esta conta mostra a qualidade dos atletas Cubanos, dentro de uma população pequena. Poucos e bons atletas.
- Investimentos no Esporte: Cuba comunista, dos irmãos Fidel, banca os atletas profissionais com salários modestos, a desculpa de que no Brasil faltam recursos e só há investimento para o futebol não cola

O Brasil depende dos poucos atletas de ponta (que lutam por medalhas de ouro em competições mundiais), como Cielo, as equipes de vôlei e o Diego Hypólito. Muitos atletas que ganharam medalhas de ouro no Pan não chegam nem entre os top 50 do mundo em suas Categorias.

Toda tradição deve começar desde cedo e com base na educação, vide exemplo dos EUA onde os atletas de alta-performance são cobiçados e bancados já nos colégios e Universidades, incentivo que ajuda o presente e o futuro dos atletas que em sua maioria se aposentam precocemente.

Se um dia o Brasil quer ser levado a sério nos esportes, tem que fazer por merecer. A começar por uma das áreas mais deficitárias há centenas de anos: a educação.

Happy Halloween!

(Steven Tyler, vocalista do Aerosmith, não é um modelo de beleza, e ao tomar um tombo no banheiro de um Hotel, ficou pronto para assustar a criançada no Halloween)

Mais uma tradição herdada dos Anglo-Norte-Americanos, a data do Halloween (31/10) "abrasileirada" nada mais é do que um motivo a mais para o comércio vender fantasias, doces e abóboras.

Na minha infância não me lembro de participar das festas e comemorações da data, que penso ser uma tradição recente no Brasil implantada por escolas das classes Média/Alta (aposto que na comunidade do Alemão não rola Halloween, a não ser quando as barangas-popozudas rebolam até o chão nos bailes Funk).

(Me identifiquei com essas abóboras, após uma ridícula bebedeira ontem. Só não chamei o Hugo.)

27 de out. de 2011

Números grandes # 10: 7.000.000.000


(Cabe mais um dentre os 7.000.000.000 de gentes na Terra?)

Não, esse não é o prêmio da Megasena acumulada, ou quanto de verba pública será desviado para bolsos fundos e corruptos na Copa de 2014. A mídia vem noticiando nas últimas semanas que logo mais chegaremos à impressionante marca de 7.000.000.000 (sete bilhões) de "gentes" habitando a Terra. 

Fica difícil imaginar quantas pessoas reais representam este número, principalmente se você comparar com todos os seus "amigos" do facebook e outras redes sociais virtuais, somados a todas as pessoas que você conheceu até hoje. Como não tenho facebook, fiz uma conta de padaria e chuto que conheci e conheço pelo nome e sobrenome umas 985 pessoas, o que representa o pífio índice: 0,00001407% dos 7 bilhões.

Demorou apenas 44 anos para que a população dobrasse de tamanho (3,48 bi em 1967). Algo facilmente explicável pelos avanços tecnológicos, que propiciaram mais e melhores remédios, cura de doenças antes incuráveis, menores riscos de mortalidade infantil, melhores índices de natalidade, melhoria na produção e qualidade de alimentos (exceto fast-foods), menos Guerras (que poupam milhares de soldados Homens, que vivos podem aumentar e sustentar suas famílias), profissões menos físicas e mais intelectuais que desgastam menos a saúde, maior cuidado das pessoas que passam a viver mais, etc. etc.

Como todo excêntrico britânico, a BBC bolou um site bacana que usurpei de um blog, onde você pode saber qual seu R.G.H. (Registro de Grão Humano) dentre os 7.000.000.000 que atingiremos em breve, com outros indicadores interessantes. O meu número saiu como cidadão: 4.329.362.480.

(Achou 7 bilhões muitas gentes? Vejo o número 11 vezes maior, de pessoas que passaram por esta Terra)

Ficou curioso para saber teu R.G.? Acesse: http://www.bbc.co.uk/news/world-15391515

Coleções espetaculares # 1: Ralph Lauren

(Esse tiozinho é o criador daquele cavalinho que estampa as roupas que levam seu nome)

Enfim um post que escrevo com alegria e gosto. O tiozinho da foto acima é o famoso Ralph Lauren, mundialmente conhecido pela marca de roupas homônima.

Até o ano passado eu não sabia que o tio Ralph Lauren dedicava uma pequena parte dos seus ganhos em roupas e perfumes numa coleção extraordinária de mais de 60 obras-de-arte-sobre-rodas. Não posso chamar a coleção dele de "carros", pois seria como comparar um Picanto com uma Ferrari 1958. Ou um Bugatti 34 com um Ka sport.

(Tem uma Ferrari em casa? Meus parabéns! Mas e que tal uma garagem com 10 Ferraris?)

Ralph Lauren não coleciona pinturas ou outras obras de arte, pois segundo ele "You can't drive a painting". Excelente resposta, principalmente com uma coleção de obras-de-arte-sobre-rodas como a dele. O interessante desta coleção é a variedade, de um Bugatti Veiron moderno, a Alfa-Romeos antigos de corrida. Em comum, o design e a estética perfeitas.

Veja algumas fotos no link abaixo, vale a pena. E minha coleção de 1 Maverick antigo um dia crescerá!

26 de out. de 2011

O Vilão da vez # 59: ???

(Tio Sam já esteve em melhor forma...)

Desde o final da II Guerra Mundial, os EUA assumiram (voluntariamente "se-auto-nomearam-se") os "Mocinhos" do Mundo, e desde então declararam e participaram de inúmeras guerras para manter "a liberdade mundial".

Coincidentemente muitas das guerras tinham interesses implícitos, seja pelo domínio geográfico, ou por países "inimigos do Mundo" ricos em petróleo. Com a prisão do Hussein, a "Morte Miojo" (instantânea e estranha) do Bin Laden, e a recente captura e morte do Gaddafi, fica a dúvida: quem será o Vilão da vez que os EUA escolherão?

Temos alguns canditatos: o ditador-xarope-norte-coreano Kim Jong-iL que anda brincando com bombas nucleares, mas que não parece um alvo interessante pois o país não produz petróleo e o pequeno pedaço de terra não agregaria muito. E temos o favorito Hugo Chávez, presidente-comunista da Venezuela, país interessante para uma invasão heróica pelo litoral, com amplas reservas de petróleo.

Com a economia dos EUA em recessão, que há quase 70 anos depende de guerras para movimentar a indústria e gerar empregos, é bem provável que o Tio Sam arrume alguma "treta" logo logo, sad but true...

25 de out. de 2011

Anarquistas, mas no conforto Capitalista

Sempre que vejo ativistas pró-natureza, anarquistas anti-capitalismo, social-comunistas, logo penso em pseudo-radicais. Em uma reportagem vi um grupo ligado ao Greenpeace protegendo as baleias, mas na mesa de jantar deles rolava uma bela carne assada. Ah, o boi é criado para o abate, então ele é "menos coitado" que a baleia.

E aqueles políticos "socialistas-comunistas", que defendem "a propriedade comum", mas não abrem mão de suas mansões e carros blindados? Empresta para os "companhêros" do MST para ver o que acontece.

Gostei da manifestação contra "o sistema financeiro atual e o capitalismo", que ocorre simultaneamente em NY e Londres. Legal protestar e gritar palavras de ordem contra o Capitalismo, montar acampamento nos centros financeiros, pedir esmolas nas praças para financiar o movimento. Chega a noite, chuva, frio de 10 graus e várias barracas dos manifestantes montadas. Todas cheias, certo? Errado. Vejam: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2011/10/25/protesto-em-londres-90-das-barracas-ficam-vazias-a-noite-diz-policia.jhtm

Pelo visto a grande maioria é anti-capitalista em horário comercial, mas nas noites frias, é melhor dormir num apartamento-capitalista, aquecido por uma calefação-capitalista, comer uma refeição quente feita num microondas-capitalista, e dormir num bom colchão fornecido por uma empresa capitalista.

Respeito e até acho válidas as manifestações contra o status quo, mas que esses grupos sejam mais engajados com seus ideais e alinhados com seus discursos. Se for para juntar um monte de desocupados para tumultuar, faça como os bahianos: bote um trio-elétrico para tocar e micareta neles!

20 de out. de 2011

Fatos de uma vida em condomínio

(Legal, deveria ter comprado um carro com teto solar)

No começo desta semana ao chegar em casa, avistei 2 viaturas da PM na porta do meu prédio. Logo pensei nas desgraças do programa do Datena: "Briga de casal acaba em suicídio" ou "Quadrilha fortemente armada faz arrastão em prédio".

Cumprimentei os Policiais, o porteiro liberou minha entrada e o procurei para saber o que se passava. Nada de grave, somente um chamado para o 190 de uma vizinha reclamando da outra. O motivo da reclamação: "gemidos altos demais no ato conjugal incomodavam a vizinha, que chamou a PM". 

Tanto bandido na rua, tráfico rolando e 4 PMs na porta do prédio para apaziguar um caso de "sexo selvagem". (como todo bom porteiro falastrão, soube que tratava-se de inveja da vizinha reclamante, que passa por "excesso de falta", capisce?).

Numa reunião de condomínio, mais fatos bizarros: o síndico pediu gentilmente que os moradores evitassem jogar objetos pela janela, pois bitucas de cigarro queimaram a cobertura da portaria, o que gerou uma goteira para quem espera a porta abrir, e mais constrangido pediu encarecidamente que "o(a) morador(a) que joga camisinhas usadas pela janela, pense no coletivo, e pare com isso" (bizarro).

Outro caso clássico de prédios mal projetados é a questão das vagas nas garagens. As construtoras, na ganância de faturar o máximo por metro quadrado, desenham vagas como se fosse o jogo Tetris, onde os moradores devem literalmente encaixar seus carros, muitas vezes sem ter como sair deles.

Quaisquer desculpas do tipo "tem gente que sempre morou em casa, e não se adaptou", ou "isso é coisa de locador, proprietário não faz isso", não convence e nem justifica a falta de noção das pessoas. Num bairro onde o metro quadrado custa por volta de R$ 8.000 o nível sócio-cultural das pessoas deveria ser compatível com o custo de vida, estou errado?

Como diz o ditado: "Você pode tirar uma pessoa da pobreza, mas não pode tirar a pobreza da pessoa" (pobreza de espírito, de civilidade). 

19 de out. de 2011

Neuroses humanas # 15: pressa no elevador

(Apertou uma vez? Já foi suficiente, o botão não funciona como acelerador)

Estava no aguardo do elevador hoje, o botão "sobe" já estava acionado. Uma senhora chegou, apertou o botão de novo. Passados 5 segundos, o elevador não chegou, ela apertou mais uma vez, com um pouco mais de força. Mais uns 10 segundos, novo aperto, aliás, 3 apertos secos com grande ímpeto.

Pode ser que a dona estava com a bexiga cheia, estava na hora de tomar o Prozac dela, ou esqueceu a panela no fogão aceso. De qualquer forma, apertar o botão insistentemente não ajudaria a acelerar o elevador. O problema é que essa síndrome acontece em todos os lugares, de shoppings a escritórios, sempre tem alguém que aperta o botão mais de uma vez como se fosse um "acelerador de elevadores".

Existe uma extensão desta neurose, que indica uma maior gravidade no estado do indivíduo: aqueles que ao entrar no elevador apertam diversas vezes o andar para onde vão, e ficam com o dedo engatilhado no botão "> <" (fechar portas). Se você riu agora, é porque se identificou com esse nível psicótico e já fez isso (tem cura).

Ah, e caso a pilha do controle remoto da TV esteja falhando, não adianta apertar o botão com mais força, ok? Isso não vai gerar mais energia para a pilha, ou fazer o controle funcionar melhor. Sugestão: compre pilhas novas. Fui!

18 de out. de 2011

Sustentabilidade ou sobrevivência?

(Pergunta aos eco-malas: isto é SUSTENTABILIDADE?)

A Coca-Cola tem veiculado em diversas mídias uma propaganda sobre sustentabilidade, e o impressionante recorde do Brasil em reciclagem de latas de alumínio: 98,2%. Realmente um recorde impressionante, mas que possibilita leituras opostas:

Discurso da Coca-Cola nas propagandas: que bom reciclar, economizar energia e insumos, poluir menos, gerar menos calor para o efeito estufa e de quebra, "ajudar" cooperativas de catadores de lixo reciclável com renda

Leitura sem rodeios: o recorde de reciclagem não vem do compromisso do brasileiro com o meio-ambiente e o reuso de materiais, mas sim de uma necessidade de sobrevivência dos catadores de lixo, que gera (muito) dinheiro para cooperativas e empresas privadas. Em 2009 esse mercado movimentou R$ 1,3 bilhão e se fosse uma empresa só, faturaria mais que a fabricante de chocolates Garoto (que FABRICA bens de consumo).

Estudos (aqueles mesmos de Oxford, MIT, UnicSul, enfim...) indicam que a Coca-Cola consome 30% de todas as latas do mundo. Ou seja, 3 em cada 10 latinhas boiando no Rio Tietê devem ser de algum produto Coca-Cola. Nada contra esta viciante bebida-preta, pelo contrário, gosto muito. Mas bem que poderiam ser menos hipócritas nesta moda "sustentável", não?

O tempo te fez mal # 38: Sinead O'Connor

(Nothing compares to you, nem 20 anos atrás, nem hoje...)

Cantora de um grande sucesso só no início dos anos 90 (o trocadalho acima com a música "Nothing compares to you"), e famosa por aprontar ao vivo no Saturday Night Live ao rasgar a foto do Papa em rede nacional nos EUA na mesma época, eis que a jovem-cabeça-raspada de beleza exótica apanhou do tempo.

Ok, o tempo passa para todos, algumas pessoas envelhecem com dignidade, outras se cuidam, e tem um grupo que chuta o balde mesmo. Como já escrevi em outro post, não discuto religião mas tem gente que diria "Deus castiga".

Um sábio (ou um frase de parachoque de caminhão, não me lembro) disse um dia: "Todos têm uma história de vida, não crie conceitos sem antes conhecer esta história". Vejam no atalho abaixo os altos e baixos desta mulher.

Viagens radicais # 666: Polinésia Francesa com um guia canibal

(Parece uma inocente foto numa piscina natural, mas para os canibais, eis a definição de um sopão)

Merecidas férias, tantos lugares legais para visitar e o casal acima resolve "caçar cabras" na Polinésia Francesa. E os caçadores viraram caça.

Como num sádico desenho do Pica-Pau, onde o Zé-Jacaré tenta colocar o Pica-Pau no caldeirão, eis que o casal acima se dá mal. Tá certo que você não vai perguntar para o guia-turístico local: "Do you speak English, and ISN'T a Cannibal?" (http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/10/17/alemao-desaparecido-pode-ter-sido-vitima-de-canibalismo-na-polinesia-francesa.jhtm).

Enjoou da Disney? O fígado não aguenta mais as Oktoberfests? Esqueça o bronzeador, leve 2 litros de azeite de oliva e boa sorte com os canibais!

14 de out. de 2011

Humor sem valor moral, Custe o Que Custar...

Geralmente abro meus textos com uma imagem, mas este não merece. Aliás, nem mereceria o meu ou o seu valioso tempo, mas não poderia deixar passar essas infelicidades "humorísticas" do tal C.Q.C.

Todos sabem que nunca fui fã desses ditos "comediantes" (ênfase nas aspas), a começar pelo "líder" (mais ênfase nas aspas) Marcelo Tas. O episódio do Gentili sobre a piada do holocausto dos judeus vs. o metrô de Higienópolis esfriou, e ficou por isso mesmo. Será que se o rapaz tivesse feito uma piada sobre os Sírios (etnia dos donos da Band) o desfecho seria o mesmo? (se bem que, para isso, seria necessária alguma inteligência para saber primeiro onde fica a Síria e sua história).

O caso mais recente do tal de Bastos sobre a Wanessa Camargo parece que vai acabar em pizza. E o rapaz demonstrou não ter um bom humor ao apelar e xingar uma jornalista, apelou perdeu.(http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/990316-rafinha-combina-tregua-de-uma-semana-com-a-band.shtml).

Existe uma clara confusão entre humor e desrespeito por parte dessa geração do modismo "Stand Up Comedy". Muitos desses "comediantes" não passam de "os engraçadinhos da turma que contam piadas", e esgotado o repertório de piadas prontas, chega a hora de criar. É aí que faz falta o humor inteligente, e a máscara cai. E se o senso de humor de um povo for mensurada por seus comediantes, mais uma vez estamos atolados nas profundezas das fezes.

12 de out. de 2011

Rapidinhas do Japancada # 1: novo trabalho do Steve Jobs

(Bem bolado, bem bolado... Ninguém melhor para atualizar os "tablets"...)

O que NUNCA perder ou esquecer em algum lugar # 1: U$ 1.000.000,00

(Existem formas e formas de se lavar dinheiro)

Passou hoje no noticiário hoje (http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/10/11/receita-procura-dono-de-quase-us-1-milhao-encontrado-em-aviao-cargueiro-no-aeroporto-de-belem-925557152.asp) um fato merecedor de comentário: a Receita Federal do Aeroporto de Belém do Pará aguarda a manifestação do proprietário de quase U$ 1.000.000,00 (U$ 923.600 para ser mais exato, segundo outra fonte: http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo=831&codigo=557739).

Alguns fatos intrigantes:

1- por quê tentar trazer para o Brasil um valor quebrado? 
Teoria Conspiratória 1: quem achou tirou sua caixinha do jeito que deu
Teoria Conspiratória 2: o cidadão que trazia a bagagem viu que a casa cairia, e os U$ 76.400 foi tudo que coube na cueca (Mensalão Style)
Teoria Conspiratória 3: um conhecido do DENARC disse uma vez - quando sair no noticiário que apreenderam 1 tonelada de maconha, pode crer que no mínimo outra tonelada foi sonegada. Valeria o mesmo para dinheiros?

2- quem "esqueceria" tanto dinheiro?
Teoria Conspiratória 1: algum doleiro não declarou o pacote, trouxe no risco e a casa caiu
Teoria Conspiratória 2: um meliante trouxe U$ 2.000.000,00 e largou os U$ 923.600 para despistar a PF
Teoria Conspiratória 3: foi uma doação anônima para o Governo

3- o dono apareceu (ou não), e agora?
Teoria Conspiratória 1: qual a historinha que ele vai contar para a PF?
Teoria Conspiratória 2: quem garante que passado o prazo para reinvidicar a propriedade, a grana vai relamente para os cofres públicos?
Teoria Conspiratória 3: alguém aí tem declarado no Imposto de Renda mais de U$ 1.000.000 no exterior, conhece algum Fiscal da Receita Federal ponta firme em Belém, e precisa de um "acerola" (que vale por 40 laranjas) para "buscar" este pertence? (brincadeira, minha índole jamais permitiria um golpe desses)

Enfim, quer lavar dinheiro? Não traga tudo numa mala pelo avião, aprenda com os mestres de Brasília: uns ganharam na Loteria dezenas de vezes, outros "deram sorte" com suas Consultorias, alguns filhos de ex-Presidentes empreenderam alguns trocados e fizeram milhões na hora certa, nos negócios certos, com os sócios certos. 

10 de out. de 2011

Comidas de rua # 4: Pastel de feira

(30 sabores diferentes no varal)

Pastel de feira deve ser a comida mais democrática de São Paulo (não é tão difundida em outros lugares), tanto pelo preço acessível (R$ 3,00 em média), quanto pela variedade de sabores.

O interessante é como as barracas evoluíram, desde os sabores oferecidos até as formas de pagamento. Há uns 20, 25 anos atrás quando eu e meus irmãos disputávamos quem ajudaria nossa avó a puxar o carrinho na feira para em troca ganhar um pastel e uma "garapa" (vulgo caldo de cana) como recompensa, me lembro daquelas barracas rústicas, geralmente administradas por patrícios descendentes de japoneses, com os cartazes escritos à mão no varal: carne, queijo, pizza, palmito, bauru e especial.

Hoje as barracas operam como restaurantes móveis, com seus banquinhos e mesas, pimentas e temperos de todos os tipos (não sei quem come pastel com shoyu ou mostarda), e algumas barracas até aceitam cartões de débito (bom, algumas Igrejas aceitam também).

Mas a mudança maior foi na variedade de sabores. Na feira perto de casa que frequento toda quinta, as barracas oferecem 30 sabores, dentre salgados e doces. Carne com cheddar, atum com catupiry, chocolate, enfim, combinações para todos os gostos. Numa outra feira no Campo Belo, uma barraca oferece pastel de Nutella, e pimentas Tabasco ou wasabi (sim, wasabi) para acompanhar.

Outra qualidade do pastel de feira é que não tem como recriá-lo em casa. Mesmo que você compre a massa de pastel na barraca e capriche nos recheios em casa, pode até ser que o sabor fique próximo, mas nunca igual. Deve ser por conta daquele óleo que ferve a manhã inteira na fritadeira, ou do repouso do pastel naquelas gavetas esperando sua hora chegar, ou então aquelas pimentas caseiras impossíveis de recriar. Viva o pastel de feira!

7 de out. de 2011

Aqui "Steve" Jobs...

(Homenagem ao Steve Jobs na homepage da Apple)

Trocadalho no título com todo o respeito (para quem não entendeu, "Aqui Esteve Jobs"), eis um cara "totalmente excelente" que viveu entre nós. Se tivesse 1/3 de saúde física como tinha de saúde intelectual, certamente revolucionaria nossas vidas mais algumas vezes.

Comecei a conhecer a Apple, e o Sr. Steve Jobs no fim do ano passado quando em Congonhas comprei o livro "A cabeça de Steve Jobs", pois me recomendaram como fonte de ideias de Marketing e Negócios. E num vôo de SP a Porto Alegre (pouco mais de uma hora) acabei o livro como se fosse um gibi de ficção com suas histórias fantásticas (quem quiser este livro emprestado, me fale pois vale a pena).

Alguns meses depois assimilei a "Doutrina Apple", quando numa mesma semana comprei um iPhone e dias depois, um MacBook do qual escrevo. Do contra e teimoso como sempre, achava exagerada a idolatria dos leais seguidores da Apple, mas ao desembalar o iPhone, já me vi doutrinado.

Desde a forma que os produtos Apple são embalados, para que ao abrir a caixa o usuário tenha uma experiência de consumo especial, até o primeiro "Welcome" ao ligar o aparato, parece que aquele aglomerado de alumínio, plástico e componentes eletrônicos ganha vida especialmente para você.

Mas vamos falar do Steve Jobs, que caso tivesse "se aposentado" após sua primeira saída da Apple em 1985 (quando tomou uma bolada de boliche nas costas), já estaria nos anais da História Humana. Mas vejam outras conquistas deste Ser, que individualmente serviriam como legado para a vida de qualquer um:

1985: foi forçado pelo Conselho de Administração da Apple por sua postura agressiva e "avançada demais", e fundou uma empresa chamada NeXT
1986: comprou a Pixar da Lucasfilm, empresa que criou um divisor de águas nas animações digitais com o filme "Toy Story"
1996: vendeu a Pixar para a Walt Disney Company por U$ 7,4 bilhões
1996: a Apple comprou a NeXT e Steve Jobs voltou à Apple como Consultor. Neste ano a Apple valia pouco mais de U$ 3 bilhões e estava bastante endividada
1997: Jobs foi convidado a assumir como CEO da Apple, e salvá-la dos perrengues financeiros
*Pularei os anos dos inventos do iMac, iPod, iPhone, iPad pois o sucesso dos mesmos vocês conhecem, e devem ter pelo menos um desses aparelhos em casa
2011: Jobs não só salvou a Apple das dívidas de 1996, como multiplicou por 100 (U$ 340 bilhões de dólares em agosto) o valor da empresa. Ah, em julho deste ano, em meio às crises dos EUA, a Apple chegou a ter mais dinheiro em caixa que o Governo dos EUA (ajudava o Obama, e ainda sobrava U$ 3 bilhões de troco)

Feitos interessantes, não? Daí o cara desenvolve uma forma de câncer das mais raras e silenciosas (2,1% de incidência mundial), de tratamento complexo e poucas chances de cura. Acredito em karma, e se existe uma relação de "coisas boas que fazemos" vs. "coisas ruins que sofremos", Steve Jobs tem tanto crédito que deve reencarnar logo logo como filho-herdeiro-único do Hugh Hefner (dono da Playboy), piloto de testes de Lamborghinis, ou Global Master Cervejeiro da InBev... (sonho de reencarnação de 11 em cada 10 Homens com Agá-Caixa-Alta).

Literalmente vá com Deus, e use tua genialidade para bolar um "iPort®" ou um "iGod®" para Ele selecionar com mais rapidez quem merece entrar no Paraíso!

5 de out. de 2011

No tiene troco, que cosa triste... Triste para quem?

(Moeda difícil de ver em caixas de supermercados, farmácias, comércio em geral)

Outro dia fui a um supermercado e como estava sem cartões, só dinheiro, fui pagar no caixa uma compra de R$ 4,99. Paguei com uma nota de R$ 5, a menina do caixa me deu a nota fiscal e chamou o próximo cliente. Eis que digo para ela: 

Eu: "Moça, e o meu troco por favor?"
Caixa: "Ah, o Sr. quer um mísero 1 centavo de troco? Não tenho aqui."
Eu (contando mentalmente até 10 para não mandá-la tomar em algum lugar): "Problema do Grupo Pão de Açúcar, a conta não deu R$ 5, deu R$ 4,99."
Caixa: "Vou estar chamando meu Gerente então, se 1 centavo vai fazer falta "procê"".
Eu (aumentei a conta até 100 para não partir para a agressão): "Pode estar chamando, por favor".

O Gerente veio, atencioso, e na falta de moedas de 1 centavo me deu uma moeda de 5 centavos, e pediu desculpas pelo inconveniente.

Parece mesquinharia, mas vamos aos fatos: quando você recebe seu salário de R$ 9.999,99 a empresa deposita R$ 10.000,00? Claro que não. E quando você paga uma conta de valor quebrado com cartão, alguém arredonda e você tolera? Difícil de acreditar.

Essa cultura no Varejo em geral de precificar com finais "0,99" surgiu de uma estratégia psicológica criada pelo pai do Varejo, Sam Walton (fundador do Walmart), que foi adotada pelo Varejo mundial em geral. Hoje o Walmart já usa o final "0,98" para se diferenciar dos concorrentes. Um produto vendido a R$ 9,99 parece mais barato e vantajoso que um mesmo produto precificado a R$ 10,00.

Mas esta estratégia traz uma vantagem implícita ao Varejo, que é a arrecadação dos "centavos não reclamados". Veja a conta abaixo (fonte: ABRAS):

Faturamento do setor supermercadista brasileiro em 2010: R$ 200.000.000.000,00 (200 bilhões)
Transações com dinheiro em espécie: 36,6%
Montante em R$ das transações com dinheiro: R$ 73.200.000.000,00 (73,2 bilhões)

Imagine que metade das pessoas que pagaram em dinheiro não tenham pedido 1 centavo de troco (conta por baixo): 
(0,5 x 73.200.000.000,00) x 0,01 = R$ 366.000.000,00 (366 milhões).

Aquela moedinha que você deixa de pegar de troco, sozinha, parece pouco. Mas veja na conta acima que tem gente feliz (e muito) por você deixar de pedir o troco.

Nada contra quem goste de pagar as compras com dinheiro, mas para quem tem amor pelo suado dinheiro, recomendo que pague com algum cartão (principalmente se juntar milhas).

4 de out. de 2011

Pratos de restaurantes feitos em casa # 12: costelinhas Outback

(Acredite se quiser, esse foi meu almoço feito em casa)

Um dos maiores complicadores de morar sozinho é cozinhar. Ou você faz uma porção para 4 pessoas e repete o prato durante a semana até enjoar, ou faz um prato individual mesmo, suja a mesma quantidade de panela e rende uma única refeição.

Meses atrás me deu vontade de comer as famosas costelinhas do Outback, e resolvi fazer uma experiência caseira. Ficou tão bom (ou melhor), e tão mais barato que o original que já repeti por 3 vezes.

Não gosto de cozinhar seguindo receitas, mesmo porque sempre falta algum ingrediente e não me sujeito a comprar um tempero que sei que vou usar só uma vez, e ter que jogar fora futuramente (principalmente esses temperos como páprica, sálvia, coentro). Então, eis meu guia passo-a-passo para fazer as costelinhas em casa:

O que comprar:

- costelinhas de porco limpas (no caso dessa foto, foram 500 gramas bem servidas)
- molho barbecue (compre um frasco grande mesmo, você vai repetir o preparo com certeza)
- 3 garrafas de cerveja Original, ou qualquer outra da sua preferência

Como fazer:

- temprere as costelinhas com sal e pimenta a gosto, faça alguns furos com a ponta de uma faca, e espalhe uma generosa camada do molho barbecue nos dois lados das costelinhas. Embrulhe bem as costelinhas em papel alumínio, e deixe na geladeira por 2 horas para pegar o gosto do molho. Coloque as cervejas para gelar também.
- depois das 2 horas de espera, coloque as costelinhas no forno já aceso por uns 10 minutos a 240 graus, e esqueça-as no forno por 1 hora e meia (respeite esse tempo, o processo é lento). Aproveite e coloque 3 canecas ou 3 copos de cervejas no congelador ou freezer.
- passada a 1 hora e meia, tire as costelinhas do papel alumínio e veja se elas estão cozidas e ficando macias. Passe outra camada generosa do molho barbebue dos 2 lados, e volte as costelinhas para o forno.
- por 3 vezes, de meia em meia hora, retire as costelinhas do forno e passe mais um pouco do molho barbecue (importante repetir esse processo, para a carne absorver o molho, e ao mesmo tempo formar aquela casca crocante por fora). 
- passadas 3 horas desde a primeira entrada das costelinhas no forno, espete-as com um garfo para ver se está bem macia. Se não estiver, deixe mais um tempo no forno para assar mais um pouco.

Bons acompanhamentos são as batatas, fritas, assadas ou coradas (a seu gosto). E as cervejas, onde entram na receita? Pegue uma das canecas do freezer, abra uma Original e tenha uma réplica (ou melhor) do chopp congelado do Outback.

(Eis o que sobraram das costelinhas, estilo desenho animado)

Por menos de R$ 20 (R$ 9 do prato, R$ 8 das 2 Originais) matei a vontade de comer as costelinhas do Outback sem sair de casa. Justo?

3 de out. de 2011

Mistérios do corpo humano # 51: Blackout alcoólico

(O blackout é uma defesa do corpo humano, para você não se lembrar de cenas como essa...)

Tema sugerido pelo amigo "Lê do Varandão", escreverei sobre o blackout alcoólico (ou amnésia alcoólica). Não existem estudos médico-científicos conclusivos sobre o que exatamente acontece para que um indivíduo não se lembre de eventos pós-bebedeira, mas temos alguns indicadores.

Já ouvi muita gente dizer: "Não bebo vodka/tequila/whisky/cachaça pois me dá blackout no dia seguinte". A culpa não é do tipo, marca ou origem da bebida, mas da forma e da quantidade que você bebe. Estudos científicos (aqueles da Universidade de Oxford, Machaxuchets...) indicam que o blackout ocorre pela alta concentração de álcool no sangue, que por sua vez gera reações químicas no cérebro que não consegue transportar as memórias recentes para a memória antiga.

Exemplo: você chega num belo churrascão numa tarde ensolarada, cerveja gelada, bons amigos. Começa a beber uma latinha de cerveja, sem forrar o estômago, e como a cerveja desce gostosa, "vamoquevamo"! A noite chega, a conta de cervejas ingeridas se perdeu depois da oitava latinha, nada de comida/glicose ou líquidos não-alcoólicos para revigorar o corpo. Daí para frente, as memórias ficam confusas, e registradas só em fotos das câmeras digitais alheias.

O processo biológico do blackout parece plausível. Mas o motivo pelo qual o corpo apaga (ou não guarda) aqueles últimos momentos da manguaça deve ser para nos preservar de uma ressaca maior: a ressaca moral. Acordar e não lembrar como foi parar no sofá de casa, ou como estacionou o carro perfeitamente na vaga apertada do prédio (se beber, favor não dirigir), ou ainda nas tentativas de ligar para a ex-namorada de madrugada para tentar reatar (essa é clássica), tudo isso vai para "a lixeira do cérebro" que já sofreu bastante com os banhos etílicos do dia anterior.

Especialistas em beber até travar dizem que o processo de blackout é essencial para fechar uma boa bebedeira. Mas fica uma dica para evitá-la: beba um bom copo d'água a cada duas cervejas pois além de evitar o blackout, ajuda numa ressaca física (e moral) mais suaves.

1 de out. de 2011

Seres iluminados # 0: Stevie Wonder

(Thank you! I've never seen a crowd like this before!)

Piadinha infame acima à parte, aplaudi de pé o show do Stevie Wonder no Rock in Rio. Conhecer a história de uma pessoa para saber no que ela se tornou hoje é interessante, seja para contratar um funcionário, ou mesmo assistir um show.

Stevie Wonder, 61 anos, toca 10 instrumentos musicais, ganhador de 26 Grammys, compôs mais de 200 músicas. Números impressionantes para a vida de qualquer ser humano, neste caso some o fato de que ele é cego há 61 anos. 

Planejadamente Stevie entrou sozinho no palco, contando os passos para chegar no primeiro microfone. Na hora de trocar para os teclados, se levantou, contou os passos e lá foi ele. E para tocar o piano, levantou-se e achou-o como se enxergasse. Cantou por 2 horas (mais do que muita bandas jovens), tocou 5 instrumentos e terminou o show sorrindo como um estreante.

Além de artista, ele contribui para diversas ONGs e instituições de caridade no mundo todo. Com meus 2 olhos bons, percebi que não enxergo a vida tão bem quanto o Stevie. Valeu pela lição, Stevie!

Notícia repetitiva da semana # 5: Shopping Center Lost

(Shopping Center Lost em construção no meio do nada, há 30 anos atrás)

Há 30 anos parecia uma fórmula de sucesso: comprar um terreno gigantesco a preço de banana no meio do nada, e construir um complexo de Shopping Center e Home Center. Ah, e faça vista grossa para o fato de que o terreno abrigava um lixão, que agora está soterrado.

Anos passaram, a família Baumgart (dona da indústria Vedacit) ganhou muito dinheiro e no aniversário de 27 anos do Shopping Center Norte (que chamo de Center Lost) de repente apresenta perigo para os visitantes, por conta dos gases metanos gerados da decomposição do lixo soterrado abaixo do Shopping.

Qualquer estudante de colégio sabe que lixo em decomposição gera gases, não precisa ser nenhum engenheiro graduado. O que acho cômico (enquanto não se torna trágico) é a Prefeitura de São Paulo "descobrir" que o vazamento de gases existe, e que pode ocorrer alguma tragédia a qualquer momento.

Na espera de uma manchete sensacionalista qualquer, os noticiários desta semana veicularam dia e noite as medições de metano, as multas, o abre-ou-fecha do Shopping, liminares, etc. Será que falta conteúdo para "encher linguiça" nos noticiários?

Mesmo com a malandragem histórica da construção do Center Lost, espero que este continue aberto e sem nenhuma ocorrência para que o glorioso povo da Zê-êni continuem felizes em seus centros de lazer.