15 de jan. de 2012

Porquê todo Homem acaba casando...

(O Game Over chega para todo solteiro...)

Ultimamente as mesas de Happy Hour já andavam desbalanceadas, com mais amigos casados do que solteiros. Até aí, tudo bem pois os poucos amigos solteiros continuam a honrar suas raízes de guerreiros de noitadas.

Mas quando meu irmão 1 ano mais novo anunciou o noivado no final do ano passado, a última ficha caiu. Alguns amigos casados acordam às 6:30 para levar seus filhos para a escola. E eu, no mesmo horário, chego em casa após uma balada. Parece que parei no tempo, e ainda tenho meus 18 anos...

Além da pressão direta e reta de namoradas/noivas, existe uma pressão social para que um solteiro com mais de 30 anos se case. Sem amigos solteiros na mesma faixa etária, a solução é fazer novos amigos, geralmente mais novos, para encarar as batalhas em bares e baladas. E eis o "tiozinho na pista", com seus pupilos mais jovens.

Divertir-se com as erradas enquanto não se encontra a certa, ou calibrar as conversas para dialogar com as jovens de 20 e poucos anos com seus verbetes: "tipo assim", "adóru", "me add no face", "bju, miliga" etc. etc. não é tarefa fácil, sem a ajuda de amigos como o Johnnie (Walker) e Smir (noff).

Conclusão: sem gás para baladas, nem traquejo para lidar com as jovens pretendentes, resta ao solteiro de 30 e poucos anos se render ao chamado dos amigos na piscina gelada, e mergulhar de cabeça. Será?!?

9 de jan. de 2012

Primeiro post do último ano?!?

Aos amigos leitores assíduos, peço desculpas pela falta de atualização deste Blog. Não estava muito inspirado nas últimas semanas, mas graças ao incentivo do grande leitor e escritor Leandro Lourenço, cá estou para retomar meus pensamentos.

Por ser o primeiro texto do fatídico 2012, não poderia deixar de comentar as "Teorias do Fim do Mundo". Não entrarei nos méritos científicos, apocalípticos ou históricos, mas gostaria de estimular uma introspecção de vocês, leitores.

Já não assisto noticiários na TV faz alguns meses (conforme comentei em outros posts), mas acompanho notícias de sites, e assisto documentários da NatGeo, BBC, etc. E dois conteúdos que assisti recentemente me deixaram intrigados sobre como muitas pessoas vagam perdidas, e se autodestroem de diferentes formas.

O primeiro caso é um documentário sobre "A mulher de meia tonelada".


Passeava pelos canais e o nome do documentário me chamou a atenção, e assisti parte dele (não consegui assistir inteiro, achei deprimente demais). Explicar (ou entender) como uma mulher com menos de 30 anos chegou ao ponto de pesar o equivalente a 7,7 Japancadas (compare também com seu peso, para ter uma ideia da situaão) é difícil, só vejo o caminho "Espiritual" para deduzir que ela recorria à comida para tentar preencher um vazio existencial, em vão.

O segundo caso trata de um jovem que aos 26 anos aguarda um transplante de fígado, por conta do excesso de álcool ingerido precocemente.

http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2012/01/09/alcoolatra-britanico-precisa-de-transplante-de-figado-aos-26-anos.jhtm

Novamente numa linha espiritual, será que o álcool foi o caminho escolhido para preencher o vazio na vida do rapaz? Na falta de uma perspectiva de vida, bora enchê-la com álcool enquanto isso?

Ao meu ver, o "Fim do Mundo" não tem a ver com vulcões em erupção, tsunamis, secas, bombas nucleares, terremotos, Ditadores Comunistas insanos, etc. , mas sim do mau convívio dos 7 bilhões de Homo-Sapiens que habitam a Terra. Imagine 7.000.000.000 de pessoas olhando para os próprios umbigos, preocupados com seus problemas individuais num "cada um por si" global. Isso sim é o Fim do Mundo, ao meu ver.


Pode até ser que a Natureza e a Terra entrem em colapso algum dia, em decorrência do desgaste, exploração, poluição, devastação, mau uso e maus tratos que o Ser Humano exerceu desde os primórdios da evolução primata. E não será com essa modinha de "Sustentabilidade" que em poucos anos reverteremos os abusos de milhões de anos.

Infelizmente nosso estilo de vida Capitalista, impulsionado pelo ciclo: exploração de matéria-prima - consumo de energias não-renováveis - esgotamento da água potável - produção - poluição - consumo - lixo é inevitável para que a roda continue a girar, e boa parte dos 7.000.000.000 de pessoas possam trabalhar para consumir, e viver. 

Já que o Capitalismo atual é um caminho sem volta, nos resta melhorar (e muito) o convívio social. Não basta tratarmos bem somente os amigos e parentes, temos que expandir a boa convivência aos vizinhos, colegas de trabalho, empregados, etc. Tarefa das mais difíceis, visto que nem todos entenderão e exercerão o bom convívio, pois muitos continuarão ocupados demais com seus próprios umbigos.

Mas como todo bom desafio em nossas vidas, se fosse fácil demais, não teria graça. Reflita comigo se as coisas que farão falta no Mundo estão ao nosso alcance para produzirmos mais, e melhor:


Nada de falta de água, mas sim falta de civilidade.
Nada de falta de alimentos, mas sim falta de solidariedade.
Nada de falta de chuvas, mas sim falta de respeito.
Nada de falta de dinheiro, mas sim falta de bom senso.
Nada de falta de fontes de energia, mas sim falta de humildade.

13 de dez. de 2011

Recalls que não queremos ouvir # 69: Camisinhas

(Reparem no slogan: "um preservativo que utiliza a tecnologia a favor dos casais que querem ousar". Pois bem, ousaram mesmo...)

Aos que ainda prestigiam este blog, peço desculpas pela falta de publicações. Não sei se coincide com as festas de final de ano, Natal, quando o "saco está mais cheio", ou se escrever minhas pancadas perderam o encanto.

Mas eis que me inspiro para escrever sobre a tragicômica notícia acima sobre um recall de camisinhas. Como o próprio nome científico diz, o P-R-E-S-E-R-V-A-T-I-V-O tem a simples função de preservar a saúde de seus usuários, e garantir com 99,99% de eficiência que outro ser humano não venha ao mundo daqui a aproximadamente 9 meses.

Pois bem: eis que a Blowtex divulga o recall de 80.000 P-R-E-S-E-R-V-A-T-I-V-O-S com resistência afetada. Ou seja, 80.000 protetores que deveriam cumprir a função básica de zelar pela saúde dos praticantes de sexo, e que falharam. 

Agora pergunto: alguém em sã consciência, com vida sexual ativa, guarda as embalagens ou caixas de preservativos usados, para qualquer controle? Do tipo: Preserv Last Longer 20/11/2011, lote ZYB, usei 2 unidades naquela pós-balada com a Maria às 21:04. 

Por maior que seja o T.O.C. do indivíduo, acho que o único teste pós-uso de uma camisinha deve ser: cheio/vazio/fu...eu, estourou. Mas e no caso desses 80.000 agasalhos-de-croquete defeituosos, e se rolou algum microvazamento, ou qualquer tipo de dano? Trata-se de uma verdadeira "roleta russa" (ou no caso, uma roleteira russa).

Recall de Toddynho com soda cáustica, recall de fabricante de paraquedas, recall de anticoncepcional, recall de camisinha. Como todo bem de consumo industrializado de larga escala, estão sujeitos a defeitos, mas que esses não sejam de risco de morte, doença ou concepção humana indesejada.

5 de dez. de 2011

Imagem traumatizante # 6: Destruição de Obras de Arte

(Como diria o povão, nessa deu PT: "Perca Total")

Nada de incêndio no Louvre, enchente no MASP, terremoto na Grécia. A destruição de Obras de Arte a que me referi acima aconteceu no Japão, com uma colisão em massa de 14 superesportivos entre Ferraris, Lamborghini e Mercedes (fonte: UOL).

Já passei por diversos acidentes de trânsito, felizmente sem ferimentos, mas sempre com minhas humildes carroças Tupiniquins como Gol, Saveiro, Focus, Astra (ooops, será que barbeiragem vem da minha descendência Nipônica?!?).

Tá certo que nunca bati uma Ferrari ou um Porsche, pelo fato de nunca ter guiado esses carros. Mas imagino se a dor de um dono de um superesportivo que bate seu carro é igual, ou maior do que um acidentado de carro comum.

Pelas fotos, (http://noticias.uol.com.br/album/111205acidentejapao_album.jhtm#fotoNav=1), e pela minha experiência em batidas (de carros, não de coco, limão ou maracujá), os japas deviam estar em razoável velocidade num "siga o mestre", e provavelmente o "mestre" (melhor chamá-lo de guia da fila) vacilou e ocorreu uma colisão em série, sem tempo de frear. O estrago foi grande, mas já vi pancadas maiores.

A questão não é a intensidade do acidente, mas o estrago em si. Não vi as avarias em todos os 14 supercarros, mas provavelmente serão 14 supercarros a menos na face da Terra. E que não serão repostos por serem de linhas/modelos passados.

Assim como Historiadores lamentam o desmoronamento de igrejas barrocas em MG por exemplo, quem gosta de supercarros lamenta acidentes como esse. Provavelmente os donos dos carros batidos devem ter grana o suficiente para repor tais máquinas por modelos mais novos. Mas isso não repõe a perda dessas obras de arte.

Que descansem em paz!

3 de dez. de 2011

Erros toscos de Marketing # 3: lata de Coca-Cola branca

(Coca-Cola em lata branca?!?)

De tempos em tempos presenciamos alguns casos de Marketing bem sucedidos, e outros tão toscos que parecem armados. 

Algumas marcas estão tão presentes no consciente e subconsciente dos consumidores, que basta uma letra (M do McDonald's), um logo ("cachimbo" da Nike, ou a maçã da Apple) ou até mesmo uma cor (Vermelho Coca-Cola) para estimularem a venda de um produto.

Como diriam meus ex-colegas da Kibon, "os Fraldinhas do Marketing" (jovens das geração Y, bem intencionados, mas algumas vezes mal-orientados) aprontam algumas com suas ideias, que podem macular uma marca, impactar negativamente nas vendas ou até derrubar ações de suas firmas empregadoras.

Destaco neste texto o lançamento de uma lata branca para a Coca-Cola original nos EUA, mercado com os consumidores mais puristas e tradicionais no mundo. Entendo que a ideia foi destacar o movimento de proteção aos ursos polares, mas já dizia o livro de Marketing I: NUNCA mexa num ícone desta forma. 

Seria algo equivalente a pintar os carros de F-1 da Ferrari de verde, em prol de um movimento contra o desmatamento. Ou pintar o M do McDonald's de azul, em campanha de preservação dos mares. Só de imaginar dá uma dor de barriga...

No caso da Coca-Cola, se os Fraldinhas estudassem um pouquinho da história da Coca-Cola, conheceriam um fiasco dentro de casa quando em 1985 os Fraldinhas daquela época, com a inexplicável benção do Chairman da empresa, lançaram a "NEW Coke" (leia mais aqui: http://www.msnbc.msn.com/id/7209828/ns/us_news/t/it-seemed-good-idea-time/#.TtnoV2C9zrM). Como diriam os americanos: WHATTAFUCK?!?!?? Don't mess with my good'n'old Coke!

Sabemos que a Hellmann's de hoje não é a mesma de 20 anos atrás, ou que o Chicabon da infância era mais gostoso, ou ainda que a Bohemia quando fabricada em pequena escala era mais gostosa. As empresas adequam fórmulas de produtos com o passar dos anos, como forma de sustentabilidade de vendas e financeira (otimização de matéria-prima, produção, ganhos de escala, etc.). 

Inovar é preciso, vide caso bem sucedido da Coca Zero. Mas em time que ganha há mais de 100 anos, deixe a lata vermelha em paz!

25 de nov. de 2011

Brasil: Campeão Parapanamericano 2011

(Quadro de medalhas dos jogos Parapanamericanos, com o Brasil no topo)

Há algumas semanas escrevi sobre o subdesenvolvimento do esporte brasileiro nos jogos Panamericanos (http://japancada.blogspot.com/2011/10/subdesenvolvido-ate-nos-esportes-jogos.html), e hoje escrevo sobre um mérito bastante importante, mas bem menos ovacionado: o Brasil foi campeão nos jogos Parapanamericanos.

Pesquisei a respeito para saber o porquê dessa hegemonia brasileira, e a conclusão foi: enquanto em países desenvolvidos como EUA, Canadá, Japão, Alemanha, etc. o portador de deficiência é acolhido pelo mercado de trabalho e pela Sociedade, para que desenvolva uma profissão e tenha independência sócio-financeira, no Brasil o Esporte é um dos poucos senão o único caminho para esses cidadãos.

Ou seja, enquanto em países desenvolvidos muitos atletas especiais representam seus países como segunda ocupação por estarem incluídos na sociedade, no Brasil os atletas se dedicam com poucos recursos e patrocínios para poderem sobreviver.

Tiro o chapéu para esses guerreiros, que num país subdesenvolvido também na inclusão social de portadores de deficiência, dão um baile nos atletas tradicionais. Que sirva de lição para os cartolas!

18 de nov. de 2011

SPAMs picaretas # 45: TAM Fidelidade

(Ainda bem que os "Cyber-Mallandros" que aprontam essas arapucas faltaram nas aulas de Gramática)

Sou usuário da Internet desde 1991, nos tempos em que ter um modem "US Robotics 14.400", pagar pelos serviços de uma BBS de fundo de quintal e baixar jogos durante dias, e gravá-los em 10, 20 disquetes era a sensação.

Desde aquela época, já existiam os "Cyber-Mallandros", que tentavam roubar senhas de e-mails, ICQs, mandar vírus camuflados, etc. Mas era tudo muito mais inocente e inofensivo do que as Mallandragens de hoje, onde e-mails mal-escritos pedem para atualizar o cartão de segurança do banco, brindes grátis em armadilhas que roubam senhas, ou mágicas como o e-mail acima onde a bondosa e caridosa TAM dá  ao cliente milhas grátis.

Vamos aos 7 erros dos Mallandros neste caso:

1- "codigo promocional": cadê o acento?
2- "5.000 á 15.000": hummm, não sabe usar o "à"
3- se o meu e-mail foi convidado, por quê a frase "Para novos clientes"?
4- Qualquer usuário básico de Internet que clicar com o botão direito no link consegue ver que trata-se de um atalho falso (Neste caso, http://www.wwtgsaintefoy2010.org)
5- meu e-mail cadastrado na TAM é outro
6- VERANO? A TAM virou operadora Espanhola?
7- E-mail remetente: o babaca que enviou o e-mail deixou seu endereço à vista (<andrade@vsp.com.br>)

Tenho a esperança de um dia presenciar a criação de uma "Polícia Cibernética", com poder de prender e punir esses projetos de Estelionatários, que infelizmente conseguem enganar leigos, senhores/senhoras de idade, usuários desavisados. 

Ladrão é ladrão, seja o que rouba uma carteira, ou o que rouba uma senha eletrônica.

15 de nov. de 2011

Erros de Português # 10: Estadão de novo

(Estado "rrá"?!?)

Apenas um comentário: "Rrá!!!! Pegadinha do Jornalista Mallandro!"

14 de nov. de 2011

Choro de Janeiro

(Trocadalho do nome "Rio" de Janeiro para Choro de Janeiro, o que resta para esta cidade)

A mídia, principalmente a Globo e seus braços televisivos e impressos, ovacionou a "pacificação" da Rocinha como se fosse um marco histórico. A que ponto das relações humanas chegamos, para ficarmos felizes em ver a polícia exercer a paz e a ordem, "sem derramamento de sangue"? 

Coloco alguns pontos para reflexão:

1- Efeito rabo de lagartixa: prenderam meia-dúzia de gatos-pingados, apreenderam armas e drogas. Cadê o dinheiro, que ao meu ver é o mais importante, que propicia a compra de mais armas e mais "tóchicos"? Cadê os outros camaradas traficantes, "aviõezinhos", embaladores, fogueteiros, etc. etc.? Eles simplesmente abandonarão seus trabalhos "freelancers", mandarão currículos para as firmas de Telemarketing e se endireitarão? O efeito rabo de lagartixa é: não adianta cortar um pedaço, que cresce de novo.

2- Organograma do tráfico: graças ao boom do narcotráfico nos anos 80, o RJ se tornou uma rota de passagem/repassagem de drogas há mais de 30 anos, longevidade maior do que muitas Empresas formais. E como toda Organização, existe um organograma: caiu o cabeça, assume o Vice. Caiu o Vice, assume o Diretor. Assim como no final do Tropa de Elite 2, o jogo continua com mandantes diferentes. Ou acham que prender um líder basta?

3- Lei de Mercado: se a venda de drogas prospera há mais de 30 anos, é porquê tem consumidor. E o consumidor não vai "ficar careta" só porquê prenderam seu fornecedor preferido, certo? Enquanto tiver procura pelos "bagulhos", alguém estará pronto para vender. 

4- Desenvolvimento de novos negócios: com os Pontos-de-Vendas (lê-se "bocas de fumo") dominadas, faz-se necessário levantar renda. Com armas em punho, os novos negócios são: assalto, sequestros, roubos de carros, explosão de caixas eletrônico. Que bom ter menos venda e consumo de drogas, mas qual o preço que se paga em outros novos negócios?

Não sou o melhor avaliador do Rio de Janeiro, visto que em 2003 tive meu carro perfurado à bala em pleno bairro do Leblon, simplesmente por estar num carro com placa de SP. Antes disso já achava que a cidade era um caso perdido, hoje continuo achando o mesmo. E não bato palmas para a ""pacificação"" (aspas duplas) da Rocinha, apenas lamento ver a que ponto o Ser Humano chegou. Choro de Janeiro...

13 de nov. de 2011

Erros de Português # 4: Estadão

(Será manchete de jornal de Portugal?)

Pelo menos uma vez por semana encontro algum erro grotesco de Português em sites de notícias como o da Folha de SP, Estadão, UOL. A partir de hoje divulgarei os mais toscos, para mostrar como os profissionais têm judiado do "Português".

Acredito que o conteúdo online, diferentemente das pautas impressas, deve passar pela mínima revisão editorial, devido à agilidade necessária nas publicações virtuais. Mas isto não justifica erros básicos, como o da manchete acima:

"Preso pintor suspeito de matar jovens tem prisão decretada": acho que colocaram a palavra "Preso" desnecessariamente, não? Pois se ele já está preso, qual a lógica de ter sua prisão decretada?

Não custa escrever, ou falar corretamente. Não maltrate o Portuga...