25 de nov. de 2011

Brasil: Campeão Parapanamericano 2011

(Quadro de medalhas dos jogos Parapanamericanos, com o Brasil no topo)

Há algumas semanas escrevi sobre o subdesenvolvimento do esporte brasileiro nos jogos Panamericanos (http://japancada.blogspot.com/2011/10/subdesenvolvido-ate-nos-esportes-jogos.html), e hoje escrevo sobre um mérito bastante importante, mas bem menos ovacionado: o Brasil foi campeão nos jogos Parapanamericanos.

Pesquisei a respeito para saber o porquê dessa hegemonia brasileira, e a conclusão foi: enquanto em países desenvolvidos como EUA, Canadá, Japão, Alemanha, etc. o portador de deficiência é acolhido pelo mercado de trabalho e pela Sociedade, para que desenvolva uma profissão e tenha independência sócio-financeira, no Brasil o Esporte é um dos poucos senão o único caminho para esses cidadãos.

Ou seja, enquanto em países desenvolvidos muitos atletas especiais representam seus países como segunda ocupação por estarem incluídos na sociedade, no Brasil os atletas se dedicam com poucos recursos e patrocínios para poderem sobreviver.

Tiro o chapéu para esses guerreiros, que num país subdesenvolvido também na inclusão social de portadores de deficiência, dão um baile nos atletas tradicionais. Que sirva de lição para os cartolas!

18 de nov. de 2011

SPAMs picaretas # 45: TAM Fidelidade

(Ainda bem que os "Cyber-Mallandros" que aprontam essas arapucas faltaram nas aulas de Gramática)

Sou usuário da Internet desde 1991, nos tempos em que ter um modem "US Robotics 14.400", pagar pelos serviços de uma BBS de fundo de quintal e baixar jogos durante dias, e gravá-los em 10, 20 disquetes era a sensação.

Desde aquela época, já existiam os "Cyber-Mallandros", que tentavam roubar senhas de e-mails, ICQs, mandar vírus camuflados, etc. Mas era tudo muito mais inocente e inofensivo do que as Mallandragens de hoje, onde e-mails mal-escritos pedem para atualizar o cartão de segurança do banco, brindes grátis em armadilhas que roubam senhas, ou mágicas como o e-mail acima onde a bondosa e caridosa TAM dá  ao cliente milhas grátis.

Vamos aos 7 erros dos Mallandros neste caso:

1- "codigo promocional": cadê o acento?
2- "5.000 á 15.000": hummm, não sabe usar o "à"
3- se o meu e-mail foi convidado, por quê a frase "Para novos clientes"?
4- Qualquer usuário básico de Internet que clicar com o botão direito no link consegue ver que trata-se de um atalho falso (Neste caso, http://www.wwtgsaintefoy2010.org)
5- meu e-mail cadastrado na TAM é outro
6- VERANO? A TAM virou operadora Espanhola?
7- E-mail remetente: o babaca que enviou o e-mail deixou seu endereço à vista (<andrade@vsp.com.br>)

Tenho a esperança de um dia presenciar a criação de uma "Polícia Cibernética", com poder de prender e punir esses projetos de Estelionatários, que infelizmente conseguem enganar leigos, senhores/senhoras de idade, usuários desavisados. 

Ladrão é ladrão, seja o que rouba uma carteira, ou o que rouba uma senha eletrônica.

15 de nov. de 2011

Erros de Português # 10: Estadão de novo

(Estado "rrá"?!?)

Apenas um comentário: "Rrá!!!! Pegadinha do Jornalista Mallandro!"

14 de nov. de 2011

Choro de Janeiro

(Trocadalho do nome "Rio" de Janeiro para Choro de Janeiro, o que resta para esta cidade)

A mídia, principalmente a Globo e seus braços televisivos e impressos, ovacionou a "pacificação" da Rocinha como se fosse um marco histórico. A que ponto das relações humanas chegamos, para ficarmos felizes em ver a polícia exercer a paz e a ordem, "sem derramamento de sangue"? 

Coloco alguns pontos para reflexão:

1- Efeito rabo de lagartixa: prenderam meia-dúzia de gatos-pingados, apreenderam armas e drogas. Cadê o dinheiro, que ao meu ver é o mais importante, que propicia a compra de mais armas e mais "tóchicos"? Cadê os outros camaradas traficantes, "aviõezinhos", embaladores, fogueteiros, etc. etc.? Eles simplesmente abandonarão seus trabalhos "freelancers", mandarão currículos para as firmas de Telemarketing e se endireitarão? O efeito rabo de lagartixa é: não adianta cortar um pedaço, que cresce de novo.

2- Organograma do tráfico: graças ao boom do narcotráfico nos anos 80, o RJ se tornou uma rota de passagem/repassagem de drogas há mais de 30 anos, longevidade maior do que muitas Empresas formais. E como toda Organização, existe um organograma: caiu o cabeça, assume o Vice. Caiu o Vice, assume o Diretor. Assim como no final do Tropa de Elite 2, o jogo continua com mandantes diferentes. Ou acham que prender um líder basta?

3- Lei de Mercado: se a venda de drogas prospera há mais de 30 anos, é porquê tem consumidor. E o consumidor não vai "ficar careta" só porquê prenderam seu fornecedor preferido, certo? Enquanto tiver procura pelos "bagulhos", alguém estará pronto para vender. 

4- Desenvolvimento de novos negócios: com os Pontos-de-Vendas (lê-se "bocas de fumo") dominadas, faz-se necessário levantar renda. Com armas em punho, os novos negócios são: assalto, sequestros, roubos de carros, explosão de caixas eletrônico. Que bom ter menos venda e consumo de drogas, mas qual o preço que se paga em outros novos negócios?

Não sou o melhor avaliador do Rio de Janeiro, visto que em 2003 tive meu carro perfurado à bala em pleno bairro do Leblon, simplesmente por estar num carro com placa de SP. Antes disso já achava que a cidade era um caso perdido, hoje continuo achando o mesmo. E não bato palmas para a ""pacificação"" (aspas duplas) da Rocinha, apenas lamento ver a que ponto o Ser Humano chegou. Choro de Janeiro...

13 de nov. de 2011

Erros de Português # 4: Estadão

(Será manchete de jornal de Portugal?)

Pelo menos uma vez por semana encontro algum erro grotesco de Português em sites de notícias como o da Folha de SP, Estadão, UOL. A partir de hoje divulgarei os mais toscos, para mostrar como os profissionais têm judiado do "Português".

Acredito que o conteúdo online, diferentemente das pautas impressas, deve passar pela mínima revisão editorial, devido à agilidade necessária nas publicações virtuais. Mas isto não justifica erros básicos, como o da manchete acima:

"Preso pintor suspeito de matar jovens tem prisão decretada": acho que colocaram a palavra "Preso" desnecessariamente, não? Pois se ele já está preso, qual a lógica de ter sua prisão decretada?

Não custa escrever, ou falar corretamente. Não maltrate o Portuga...

9 de nov. de 2011

Campeão mundial de Poker 2011

(Taí o garoto de 22 anos, campeão do World Series of Poker 2011)

Como toda tendência que chega atrasada no Brasil, "a moda do Poker" teve seu auge neste ano quando um grande esportista brasileiro venceu um dos torneios da World Series of Poker, e levou o prêmio de U$ 600.000 (brutos, falta tirar o bom e velho Imposto).

Diferente de outros esportes, o Poker conta com uma série mundial de torneios todo ano com diversas modalidades e valores de inscrição, 58 diferentes torneios para ser mais exato. E o maior desses eventos terminou na manhã de hoje, com a vitória de um jovem alemão de 22 anos.

Muitos ainda consideram o Poker como um jogo de sorte, ou melhor, jogo de azar. Mas ao conhecerem melhor o jogo, verão que trata-se realmente de um esporte. Mas um torneio que durou 10 dias, contou com 6.865 jogadores de 85 países, de diferentes idades e técnicas, que em sua maioria investiram U$ 10.000 para brigar pelo bracelete de melhor do mundo (a tradição do Poker substitui o troféu por um bracelete de ouro) com certeza demanda trata-se de um esporte mental.

Existe uma pequena parte do jogo que pode ser definida como sorte, para receber bons jogos ou passar à frente na última carta virada. Mas para vencer 6.864 oponentes, nem toda sorte do mundo ajudaria se não existisse o raciocínio, paciência e um pouco de psicologia para ler e entender o adversário.

Pius Heinz entrou para a história do esporte, e com o prêmio de U$ 8.715.638,00 poderá praticar muito poker para o resto da vida. Viva o campeão!

8 de nov. de 2011

Rapidinhas do Japancada # 9: Bad example

Ando sem inspiração para escrever, segue mais uma rapidinha então.

2 de nov. de 2011

Destemidos # ZeroDois: Hackers invadem site do BOPE

(Acho que teremos alguns hackers-nerds a menos na face da Terra logo logo)

A sabedoria popular diz: "Quem tem cú, tem medo". Me parece que tem gente que desconhece esse ditado, ou simplesmente não tem cú.

Se o BOPE é implacável com bandidinhos de meia-tigela no mundo real, imagino a alegria em ter seu site invadido por "hackers revoltadinhos". Destaquei no texto abaixo o "medidas cabíveis", em vermelho-sangue, pois já imagino essas medidas.

Veja notícia abaixo:
02/11/2011 - 21h46

Hackers atacam sites do Bope, prefeituras e Promotoria

Fonte: Folha Online
No site do Bope, os hackers publicaram uma mensagem na qual dizem querer "mostrar nossa indignação com o sistema de segurança do nosso país".Os sites oficiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Civil do Rio), das prefeituras de Itaquaquecetuba (SP) e Porto Velho (RO) foram atacados por hackers nesta quarta-feira. Um grupo denominado AntiSecBrTeam assumiu a autoria da invasão.
O texto traz ainda críticas ao batalhão: "Nós não queremos uma policia (sic) para matar e sim para mudar, mas como ela poderá realizar mudanças se ela mesma não muda seu modo de agir e pensar".
A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que "o setor de informática do Bope tomou conhecimento da invasão e já está tomando as medidas cabíveis".

1 de nov. de 2011

Neuroses humanas # 4: Vício do telefone celular

Dia desses saí de casa com pressa, peguei a carteira, as chaves do carro e parti. Depois de percorrer uns 5 minutos percebi que havia esquecido algo: o celular.

Pensei em dar meia-volta e buscá-lo, mas me atrasaria para o almoço de família. Prossegui ao restaurante preocupado se alguém me ligaria, ou caso tivesse que ligar para alguém, como saberia o telefone se toda minha agenda está armazenada no celular?

Durante o almoço, a síndrome de abstinência baixou e pensei sobre quão bizarra é esta dependência moderna pelos celulares, como se fossem parte de nós. Relembrei os 20 anos que vivi quando os celulares não existiam, a vida era mais simples e descomplicada. Se marcávamos algum compromisso, lá estaríamos pois não havia SMS, torpedos, BBMs, Whatsapps para enviar aquele torpedo furando de última hora.

Usávamos mais a memória para guardar telefones, datas especiais, compromissos, calcular a conta do restaurante com os 10% (já vi gente usar seu moderno Smartphone para calcular os 10% de uma conta de  R$ 20,00). Ligávamos para parabenizar alguém pelo aniversário, ao invés de enviar um torpedo. Aproveitávamos mais a companhia de quem estava conosco numa mesa de bar, sem ficar digitando mensagens e respondendo chats com os amigos virtuais.

O bônus da mobilidade da comunicação trouxe o ônus da dependência de estar sempre conectado, mesmo que desnecessariamente. Hoje recebo mais torpedos e mensagens em chats, que ligações. Em alguns casos, por ser mais barato (geralmente quem me dá esta desculpa tem um iPhone de R$ 1.000. Algo como ter uma Ferrari, mas economizar na gasolina). Em outros casos, as pessoas esqueceram como se conversa pelo telefone.

Feita a digestão mental de tudo isso durante o almoço, decidi "esquecer de propósito" o celular de vez em quando. E começar a decorar telefones importantes, para exercitar o cérebro. Se tiver que falar com alguém, uso um orelhão ou pego um celular emprestado. E quem tiver que me achar, vai achar.

Como diz o filme abaixo, disconnect to connect. O celular deve ser um meio, e não o fim.

Rapidinhas do Japancada # 7: Dinheiro